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Direcionado para questões ambientais, traz sínteses e polêmicas sobre a poluição, dicas e educação sobre preservação do meio ambiente.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

ECOCRÉDITO

Veja um exemplo que tem de ser seguido pelas prefeituras de todo o mundo:





MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MG.
PROCURADORIA JURÍDICA

LEI Nº 3.545 de 12 de abril de 2006
Estabelece política e normas para o ECOCRÉDITO no
Município de Montes Claros, e dá outras providências.
O Povo do Município de Montes Claros, por seus representantes na Câmara Municipal aprovou e o Prefeito Municipal, em seu nome, sanciona a seguinte Lei:
Artigo 1º - Para efeito desta Lei Municipal fica criado o ECOCRÉDITO, crédito ambiental que tem por objetivo incentivar os produtores rurais do município de Montes Claros à delimitar dentro de suas propriedades áreas de preservação ambiental, destinadas a conservação da biodiversidade.
Artigo 2º - O produtor rural que declarar essa área como de preservação ambiental terá um incentivo do governo municipal o ECOCRÉDITO equivalente a 5 UPF’s (Unidade Padrão Fiscal) por hectare/ano.
§ 1º- O ECOCRÉDITO poderá ser disponibilizado ao produtor 6 (seis) meses após a área ter sido declarada como de preservação ambiental, com pagamento de 50% e os outros 50% restantes ao final do segundo semestre. (Acrescentado pela Lei Municipal 3.696 de 05 de março de 2007).
§ 2º- O recebimento do crédito referido ficará condicionado ao envio, pelo proprietário, de um relatório simplificado, em formulário elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, contendo a descrição detalhada da área preservada, ficando facultado ao Município a fiscalização, sem prévia comunicação para atestar a veracidade das informações prestadas. (Acrescentado pela Lei Municipal 3.696 de 05 de março de 2007).
§ 3º – O ECOCRÉDITO recebido pelo produtor deverá ser utilizado como pagamento dos tributos municipais, IPTU, ISS, ITBI e Taxas, pagamento de lance em leilões de bens do Município ou pagamento por serviços que poderão ser prestados pela Prefeitura de Montes Claros em sua propriedade, desde que haja acordo entre as partes.
Artigo 3º - A área será declarada como de preservação ambiental, por deliberação do CODEMA, por tempo indeterminado, porém, deverá ser destinada a esta finalidade por um prazo mínimo de 5 (cinco) anos.
§ 1º - O proprietário que optar pela utilização da área declarada como de preservação ambiental poderá torná-la livre e desimpedida a qualquer momento, respeitado o prazo do art. 3º desta Lei, mediante prévia comunicação ao CODEMA.
§ 2º - Neste caso o proprietário deverá restituir ao Município em moeda corrente, o equivalente aos valores dos incentivos fiscais recebidos, com um acréscimo de 12% (doze por cento) de juros/ano, sob pena de inscrição na Dívida Ativa do município.
Artigo 4º - O Município definirá, através do zoneamento ecológico, as áreas prioritárias para preservação ambiental.
Parágrafo único – Até que seja aprovada a Lei do Zoneamento Ecológico, o CODEMA definirá as áreas prioritárias para preservação ambiental. (Acrescentado pela Lei Municipal 3.696 de 05 de março de 2007).
Artigo 5º - A área de reserva legal instituída pelo Código Florestal e as áreas de preservação permanente (APP's) existentes nas propriedades poderão, também, gozar dos benefícios desta Lei, desde que indicadas no zoneamento ecológico do Município.
Parágrafo Único – Para que a área seja declarada de interesse do Município, o proprietário deverá apresentar um atestado emitido pela Secretaria Municipal de Meio de Ambiente – SEMMA de que a mesma esteja definida em área de relevante interesse ambiental, de acordo com o zoneamento ecológico do Município.
Artigo 6º - Também poderão pleitear o ECOCRÉDITO os produtores que reflorestarem as margens das estradas vicinais, após aprovação de projeto técnico pela Secretaria Municipal de Meio de Ambiente - SEMMA, numa faixa mínima de 10 metros adentro de suas propriedades, priorizando o uso de espécies nativas do cerrado, plantas frutíferas, fitoterápicas e paisagísticas, garantindo a diversidade das espécies.
Parágrafo Único – O Município garantirá aos produtores rurais orientação técnica para implantação de florestas ao longo das estradas vicinais.
Artigo 7º - O Município incentivará o reflorestamento de novas áreas, recuperação das áreas degradadas, assim como o enriquecimento das áreas de preservação ambiental, através da doação de mudas, dentro da disponibilidade da Prefeitura.
Artigo 8º - A emissão do certificado de ECOCRÈDITO descrito nesta Lei será condicionada à prévia aprovação das Secretarias da Fazenda e do Meio Ambiente do Município.
Parágrafo Único – A emissão do certificado de ECOCRÉDITO ficará condicionada a situação fiscal do produtor junto ao Município, ressalvando que em caso de existência de débito, o ECOCRÉDITO deverá ser usado primeiramente para a quitação do mesmo.
Artigo 9º- O produtor contemplado com o ECOCRÉDITO será responsável pela preservação ambiental de sua área.
Parágrafo Único – Constatado qualquer ato doloso que fira o estabelecido nesta Lei, o produtor terá que devolver ao Município o valor recebido através do ECOCRÉDITO, no prazo de 60 (sessenta) dias da notificação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, acrescidos dos juros estipulados no artigo 3º, § 2º desta Lei, sem prejuízo das demais sanções cabíveis, de ordem civil e criminal.
Artigo 10 - O proprietário contemplado com o ECOCRÉDITO, que objetivar a transferência do imóvel em questão, fica obrigado a comunicar expressamente ao Município e ao comprador os compromissos firmados para com o presente programa.
Parágrafo Único - Em caso de transferência do imóvel declarado como de preservação, todos os direitos e deveres serão assumidos pelo(s) novo(s) proprietário(s).
Artigo 11 – O Poder Executivo Municipal regulamentará esta Lei no prazo de 60(sessenta) dias.
Artigo 12 – Esta Lei Municipal entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.



Município de Montes Claros, 12 de abril de 2006.
Athos Avelino Pereira
Prefeito Municipal

O que fazer?


Aquecimento global é um fenômeno que afeta todos nós pelo qual todos somos responsáveis. Nossa responsabilidade está na energia que consumimos em nossas casas, escritórios, meios de transporte, viagens e também nos processos produtivos de nossas empresas, e nos resíduos que produzimos, bem como nas escolhas que fazemos sobre produtos e serviços que emitem gases de efeito estufa na atmosfera.

Você pode fazer parte da solução desse problema também. E de maneira muito simples e transparente:


  • Conheça formas simples e eficazes de reduzir suas emissões;

  • Compense as emissões que não consegue reduzir, através de nossa floresta.

Dessa forma você estará contribuindo de maneira consciente e eficaz para a solução do problema.


Atualmente em início de implementação no país, as normas ISO 14064 e 14065, desenvolvidas para validar internacionalmente os inventários de emissão de gases de efeito estufa nas organizações e a contabilidade de seus projetos de remoção, certificam as empresas que neutralizam suas emissões.

As soluções



Reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa passa por uma série de alterações nos padrões e condutas da sociedade atual. Buscar a melhor eficiência energética nos edifícios, nos transportes e na produção industrial, privilegiar automóveis com motores de combustíveis renováveis (álcool, bio-diesel), novas fontes alternativas de energia (solar, eólica, etc). Tudo isso deve ser procurado para a obtenção de um resultado duradouro e eficaz.
Para essa mudança não basta apenas uma ação governamental. É necessário que os indivíduos e empresas desempenhem cada um seu papel nesse processo. Isso passa por uma mudança no estilo de vida e nos comportamentos de utilização de meios de transporte e equipamentos elétricos de maior eficiência.
O plantio de árvores com finalidade de diminuição dos níveis de concentração de CO2 na atmosfera é uma das possibilidades que são consideradas hoje em dia, mas como apoio a um sério programa de redução de emissões de gases de efeito estufa.Para as atividades produtivas
Incentivar a utilização de energias renováveis no mundo, com ênfase especial para a energia eólica, solar, hídrica e biomassa.Para o setor residencial e de serviços
Adotar tecnologias eficientes e alternativas, tais como utilização de energia solar, arquitetura integrada sustentável e sistemas de climatização eficientes.Para os meios de transporte
Propor novos designs e novos materiais para o desenvolvimento de automóveis;
Expandir a utilização de automóveis movidos a combustíveis renováveis já disponíveis no mercado;
Aumentar a utilização de transportes coletivos, que reduzem drasticamente a energia gasta na relação passageiro-quilômetro;
Propor novas modalidades de deslocamento pessoal nas grandes cidades, tais como ciclovias, caminhos para pedestres e compartilhamento de veículos.
Para as florestas
Aumentar a capacidade de armazenamento de carbono nos produtos originários da madeira das florestas;
Promover a gestão sustentável da floresta de modo a gerar biomassa como recurso energético renovável.



O que propõe a ONU?
A Conferência da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992 (ECO 92), estabeleceu como objetivo a estabilização da emissão e concentração na atmosfera de gases de efeito estufa em níveis que tentassem impedir a perigosa interferência do resultado das atividades humanas no clima da Terra.
Em Dezembro de 1997 foi adotado o Protocolo de Kyoto, um instrumento operacional que instituiu uma série de regras para regular e controlar a emissão de gases de efeito estufa. Entrou em vigor em fevereiro de 2005, estabelecendo limites legais para as emissões dos países industrializados, definindo limites específicos e prevendo uma redução global de 5% no período de 2008 a 2012 em relação aos níveis verificados em 1990.
O Protocolo de Kyoto instituiu três instrumentos econômicos, denominados mecanismos de flexibilidade: o comércio internacional de emissões, a implementação conjunta e o mecanismo de desenvolvimento limpo. O objetivo destes mecanismos de flexibilidade é permitir que os países que têm as maiores emissões e onde os custos de redução são altos, possam cumprir suas responsabilidades investindo em projetos de redução em outros países, onde o custo dessa redução é mais baixo.
Saiba mais acessando a biblioteca do Recicle Carbono.

O problema




NOSSO CLIMA


Todas as atividades humanas liberam na atmosfera gases com efeito de estufa, sendo que o dióxido de carbono (CO2) é o mais importante deles. O aumento significativo dos níveis dessas emissões tem afetado de maneira perceptível o clima de todas as regiões do planeta.




O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Esse ritmo acelerado do aumento da concentração na atmosfera tem levado a um aumento da temperatura global que pode desencadear alterações climáticas, degelo das calotes polares, e demais efeitos que estamos presenciando atualmente.
Reduzir as concentrações atmosféricas dos gases de efeito estufa é uma tarefa que exige um esforço concentrado da sociedade organizada, dos governos, empresas e indivíduos, no sentido de buscar soluções para o aumento da eficiência energética, utilização de tecnologias limpas e mudanças de postura perante o desperdício.
Todos no planeta têm esse desafio pela frente, buscando respeitar os acordos internacionais que tem sido firmados com esse propósito, sendo o mais importante deles o Protocolo de Kyoto.

Código de Cores para os Diferentes Tipos de Resíduos


RESOLUÇÃO CONAMA N° 275 DE 25 DE ABRIL 2001O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999, e Considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e água;Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas, provocando o aumento de lixões e aterros sanitários;

Considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil visualização, de validade nacional e inspirado em formas de codificação já adotadas internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a reciclagem de materiais, resolve:

Art.1º Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Art. 2º Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo.

§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades interessadas.

§ 2o As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até doze meses para se adaptarem aos termos desta Resolução.

Art. 3º As inscrições com os nomes dos resíduos e instruções adicionais, quanto à segregação ou quanto ao tipo de material, não serão objeto de padronização, porém recomenda-se a adoção das cores preta ou branca, de acordo a necessidade de contraste com a cor base.Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


JOSÉ SARNEY FILHO

Presidente do CONAMA

Reciclagem agrícola de lodo de esgoto como adubo nitrogenado:

risco ou benefício ao meio ambiente?


Rita Carla BoeiraEngenheira Agrônoma e pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente


Nas áreas urbanas, os principais agentes poluidores de águas são os esgotos, que são lançados diretamente nos corpos de água, na maioria das vezes. Frente à degradação intensa dos recursos hídricos, os esgotos de diversas cidades brasileiras começaram a ser tratados, com a construção de estações de tratamento de esgoto (ETEs), que operam com diferentes sistemas tecnológicos.
Nestes sistemas de tratamento de águas residuárias, a água retorna aos mananciais com bom grau de pureza. No entanto, ocorre a geração de um resíduo semi-sólido, pastoso e de natureza predominantemente orgânica, chamado de lodo de esgoto. A destinação deste lodo residual que é gerado nas ETEs é, no entanto, um grande problema ambiental.
Uma alternativa técnica viável de reuso desses resíduos orgânicos é a sua utilização como adubo, desde que considerados outros aspectos envolvidos, como composição em metais pesados, compostos tóxicos ou presença de patógenos ou ainda seu potencial de salinização ou de acidificação do solo. Seu valor fertilizante é muito alto, em função dos teores elevados em nitrogênio e carbono orgânicos.No entanto, o nitrogênio encontra-se no lodo em formas proteicas, principalmente. Uma vez aplicado ao solo, esse nitrogênio orgânico contido no lodo passa a formas minerais, entre elas o nitrato, pela ação de microrganismos. As quantidades de nitrato que forem geradas no solo além da capacidade de absorção pelas raízes das plantas são pouco ou nada retidas nas partículas do solo. Assim, movimentam-se com facilidade em direção a corpos d’água subsuperficiais, junto com as águas de chuva, por exemplo.Dessa forma, a geração excessiva de nitrato é um grande risco ambiental do uso agrícola de lodo de esgoto, justamente pela possibilidade da contaminação de corpos d’água. Este risco é possível de ser minimizado com a aplicação de doses seguras de lodos de esgoto. Essas doses devem ser determinadas com base em informações técnicas tais como:

a) avaliações laboratoriais e em campo do comportamento do lodo de esgoto no solo em que será aplicado;

b) recomendações de adubação para a cultura de interesse.

A minimização de risco de poluição ambiental pôde ser comprovada em experimento conduzido com cultivo de milho na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, SP, dispondo-se das informações a) e b) acima para a determinação da dose de lodo a ser aplicada na cultura, em solo argiloso. Verificou-se que mesmas quantidades de nitrato movimentaram-se no perfil do solo utilizando-se lodo de esgoto ou adubação mineral completa convencional, ou mesmo no caso de nenhuma aplicação de adubos. Assim, seguindo-se à risca as recomendações obtidas pela pesquisa, a utilização de lodo de esgoto como adubo nitrogenado pode trazer benefícios ao produtor, por ser um adubo barato, e também ao meio ambiente, por aliviar a carga de esgotos nos mananciais de água.


Rita Carla Boeira (rcboeira@cnpma.embrapa.br)Engenheira Agrônoma e pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente

Austrália prende 27 ativistas do Greenpeace durante protesto

A organização ambiental Greenpeace denunciou nesta quinta-feira (3) a prisão de 27 de seus membros que protestavam contra a emissão de dióxido de carbono em Eraring, no Estado australiano de Nova Gales do Sul.

O grupo entrou na central elétrica à 1 hora da manhã e doze ativistas se algemaram às esteiras transportadoras, enquanto os demais subiram ao telhado para pintar a palavra "Revolução" e pendurar uma bandeira com a frase "Revolução de energias renováveis - Não ao Carbono."A organização assegurou que a ação, que durou cinco horas, impediu que a usina emitisse 10 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, um dos gases responsáveis pela mudança climática.Um dos ativistas detidos, Graham Brown, um carvoeiro aposentado, disse que é necessário concluir um processo de transição para utilização das energias renováveis disponíveis.Com esta ação, o Greenpeace quer chamar a atenção dos cidadãos para a publicação, na sexta-feira (4) do relatório encomendado pelo governo ao professor Ross Garnaut, sobre o impacto econômico da mudança climática no país.

A Austrália ratificou o Protocolo de Kyoto em dezembro, dias depois da vitória eleitoral do trabalhista Kevin Rudd sobre o então primeiro-ministro John Howard, líder do partido liberal.Rudd se comprometeu com a redução de 60% dos níveis de carbono até o ano 2050, aos níveis de 2000. (Fonte: Estadão Online)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Brasil: confirmado leilão de eólicas para 2009

em: 01/07/2008

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou a realização de um leilão de energia específico para usinas eólicas, como pleiteavam investidores e associações do setor elétrico. "Será um leilão específico para usinas eólicas, a ser realizado no primeiro semestre de 2009", afirmou Lobão durante evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). A realização de um leilão específico para usinas eólicas faz parte da estratégia do governo federal em incentivar a produção de energias alternativas. Hoje, o Brasil possui apenas 247 megawatts (MW) produzidos de usinas eólicas, apesar de uma potencial identificado de 140 mil MW. Segundo Lobão, a idéia do governo é estimular novos projetos, principalmente no Nordeste e no Rio Grande do Sul, onde estão os melhores ventos para geração eólica.Enquanto o leilão não é realizado, o executivo contou que o Ministério de Minas e Energia (MME) tem recebido empresas interessadas em novos empreendimentos com a fonte. Lobão revelou que uma chamada Asa Branca, companhia nacional associada a recursos estrangeiros, manifestou a intenção de construir um parque eólico de 4 mil MW em alto mar, no Ceará. "O projeto já foi apresentado, agora depende dos investidores para viabilizá-lo. O que podemos fazer para ajudar é acelerar a aprovação da usina e disponibilizar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento", afirmou Lobão, acrescentando que a iniciativa é viável e que já existem empreendimentos semelhantes a este em operação na Europa.
Fonte: Wellington Bahnemann/ Estadão Online

Dicas para evitar o desperdício de água e exigir a preservação dos recursos hídricos

Pequenas economias somadas dão grandes resultados.

No banheiro :É o lugar onde mais se consome água em uma residência.Feche a torneira enquanto escova os dentes, faz a barba ou ensaboa as mãos.Não tome banhos demorados. Tente limitar em 6 minutos. Desligue o chuveiro enquanto se ensaboa. Só ligue o chuveiro depois de tirar toda a roupa.Uma válvula de privada gasta muita água em um único aperto. Não acione à toa e aperte somente o tempo necessário. Mantenha a válvula regulada. Não jogue lixo no vaso sanitário (fio dental, cabelos...). Evite entupimento. Na hora da compra, dê preferência às caixas de descarga no lugar das válvulas. Adquira modelos de baixo consumo de água.Em banheiros públicos use a água de torneira também com moderação. Vários centros comerciais já instalaram sensores ou torneiras que fecham automaticamente a fim de evitar o desperdício deste importante recurso natural.
Na lavanderia :Deixe a roupa acumular e lave tudo de uma vez.Se for lavar a roupa na mão, feche o tanque, coloque as roupas de molho em água e sabão e só use água corrente para enxaguar.Feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa.Não use sabão em excesso para evitar maior número de enxágues.Só use a máquina de lavar com a carga máxima de roupas. Reaproveite a água da máquina de lavar roupas para lavar o quintal.Instale aerador (peneirinha) nas torneiras da casa para reduzir a vazão.Não exagere no uso de produtos de limpeza, como a água sanitária que contém cloro. Use com moderação, de acordo com as recomendações dos fabricantes.

Na cozinha :Antes de lavar a louça, limpe pratos e panelas e deixe-os de molho.Feche a torneira enquanto ensaboa a louça.Se usar máquina de lavar louça, só ligue quando estiver cheia.Deixe as verduras em água com um pouco de vinagre por alguns minutos antes de lavar.Utilize sabão ou detergente biodegradáveis, que não poluem os rios porque se decompõe mais facilmente. Ao comprar máquina de lavar roupas ou lavar pratos, verifique no manual o consumo de água do produto.Não jogue óleo de frituras ou restos de comida em pias ou na privada pois pode causar entupimentos e dificulta o tratamento do esgoto. A Sabesp orienta para colocar o óleo em um recipiente bem fechado para não vazar (garrafa) e depositar no lixo comum (orgânico). Outros especialistas afirmam que o ideal é procurar um posto de coleta próximo. Encontre receita de sabão de óleo de cozinha no site http://www.triangulo.org.br/. Segundo a ONG Ação Triângulo que recolhe óleo vegetal em casas e empresas, um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água - o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos. Isso acontece porque o óleo impede a troca de oxigênio e mata todos os seres vivos como plantas, peixes e microorganismos. O óleo também impermeabiliza o solo contribuindo para as enchentes. Você sabia que muitos sabonetes e sabões de roupa (em barra) são feitos de sebo de boi ?


No jardim, no quintal, na calçada :Ao lavar o carro use o balde com pano em vez de mangueira. Procure lavar menos o carro, principalmente na época de falta de chuvas.Não regue as plantas em excesso ou com mangueira. Use um balde ou um regador. Não regue nas horas mais quentes do dia ou quando estiver ventando muito para evitar a perda de água pela rápida evaporação. Molhe a base das plantas e não as folhas.Não use mangueira para limpar a calçada e sim uma vassoura. Quando necessário, use um balde no final da limpeza.Procure aproveitar a água das chuvas. Capte-a na saída das calhas. Use para regar o jardim ou limpar a casa.Em vez de cimentar todo o quintal, deixe um espaço para jardim e ajude a água da chuva a infiltrar-se na terra.Mantenha a caixa d`água limpa. Ela deve ser lavada pelo menos a cada 6 meses.
Verifique os vazamentos :Torneira pingando desperdiça muita água. Sempre que necessário troque o "courinho". Verifique o vaso sanitário jogando cinzas no fundo da privada. Se houver movimentação é porque há vazamento na válvula ou na caixa de descarga.Para detectar vazamentos como canos furados, mantenha os registros abertos e feche todas as torneiras e saídas de água do imóvel, não use o sanitário e observe se o relógio de água (hidrômetro) se altera depois de uma hora sem uso de água.Observe se não há manchas de umidade nas paredes.Conserte os vazamentos de imediato, assim que forem notados.


Quanto desperdiça :Escovar dentes com torneira aberta = 80 litrosLavar louça com torneira aberta = 100 litrosLavar carro com mangueira em meia hora = 560 litrosLavar calçada com mangueira = 280 litrosBanhos longos = 95 a 180 litrosFeche bem as torneiras para que não pinguem.
Outras dicas para preservar a água :Não jogue lixo nos lagos, córregos, rios e mar.Novos edifícios com hidrômetros individuais por apartamento, estimulam a economia de água e a conta é mais justa pois cada família só paga o quanto consome. Adote a idéia do reuso da água sempre que possível.
Organize um grupo para plantar árvores ao longo das margens de um córrego ou para limpar, recuperar e conservar um pedaço de terra degradada. Recolher plásticos na praia, ajuda a salvar animais marinhos.


Como cidadão e consumidor :Informar às distribuidoras sobre vazamentos de água e exigir do governo um órgão regulador forte e presente para fiscalizar a eficiência das distribuidoras.
Exigir da prefeitura e governantes :
Políticas públicas que impeçam a ocupação de áreas de preservação de manancias. Combater a destruição das matas ciliares que protegem os cursos d`agua e exigir o replantio de onde foram extintas.

  • Investimentos em distribuição de água tratada e tratamento de esgoto. Além de poupar vidas, irão diminuir os gastos com saúde no país.

  • No nordeste brasileiro : obras de melhoria na infra-estrutura de distribuição (modernizar e ampliar), perfuração de poços de água, uso de cisternas para armazenamento e revitalização do Rio São Francisco.

  • Adotar um manejo adequado dos resíduos como : sistemas de coleta seletiva e reciclagem, aterros sanitários, estações de recebimento de resíduos tóxicos como restos de tinta e solventes.Os consumidores podem organizar-se e exigir que as indústrias se responsabilizem pelo manejo de seus resíduos tóxicos. Cobrar isto dos órgãos de controle ambiental.Pressionar as empresas para que produzam detergentes, produtos de limpeza e embalagens que causem menores impactos ambientais.

  • Na indústria introduzir técnicas de reúso da água, tratamento de efluentes e reduzir o desperdício nos processos industriais.

  • Na agricultura, armazenar mais água da chuva e reduzir o desperdício ao irrigar as plantações. Utilizar métodos e equipamentos de irrigação poupadores de água. Reduzir o uso de fertilizantes e agrotóxicos. Implantar medidas de controle de erosão do solo. No campo ou na cidade evitar a obstrução dos rios. Fazer o descarte adequado de embalagens de agrotóxicos (consulte http://www.inpev.org.br/ ).

  • Prefira produtos orgânicos para estimular o cultivo de alimentos livres de agrotóxicos que poluem os recursos hídricos e podem prejudicar a sua saúde.
    Lembre-se de fechar a torneira depressa.

Porque preservar e economizar? água é importante para a vida no planeta?

Responsabilidade ambiental na prática : combate ao desperdício e preservação da natureza através do consumo consciente

Porque preservar e economizar? água é importante para a vida no planeta?
A escassez de água doce de boa qualidade para consumo Setenta por cento da superfície do planeta é coberta por água.Quase toda a água que existe na Terra (97,5%) é salgada e está nos oceanos, sendo imprópria para o uso agrícola e industrial. (UNESCO)Apenas 2,5% da água do nosso planeta é doce e a maior parte está em geleiras.Menos de 1% de toda a água que existe é própria para consumo do homem e está nos rios, lagos e lençóis subterrâneos (difícil acesso).
Segundo o RDH - Relatório de Desenvolvimento Humano (PNUD - ONU, nov. 2006) :- cerca de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água tratada no mundo;- por volta de 2,6 bilhões não têm instalações básicas de saneamento (maioria dessa população vivendo na África e na Ásia);- metade dos leitos hospitalares é ocupado por doenças causadas pelo uso de água imprópria;- a diarréia tira a vida de 4.900 crianças menores de 5 anos por dia.
Enquanto um habitante de Moçambique usa, em média, menos de 10 litros de água por dia, um europeu consome entre 200 e 300, e um norte-americano, 575 (50 litros só nas descargas). Cada pessoa deveria ter disponíveis ao menos 20 litros de água para consumo, por dia.
A água está distribuída pelo planeta de forma desigual.Vários países da África e Oriente Médio já não tem água.De toda a água doce disponível no planeta, aproximadamente 13,7 % estão no Brasil. A Bacia Amazônica concentra 73% do volume de água doce do país.Os 23% restantes distribuem-se desigualmente pelo Brasil, para atender a 93% da população.O Nordeste com 28% da população possui menos de 5% das reservas.
O acesso à água atinge 90% da população brasileira. Dos municípios brasileiros com rede de distribuição de água, muitos convivem com racionamento.Em relação ao saneamento básico, 75% da população brasileira tem coleta de esgoto, o que exclui cerca de 43 milhões de pessoas.Apenas 32% do esgoto produzido no país recebe tratamento, segundo diagnóstico do Ministério das Cidades (dez. 2006). O lançamento de esgoto não tratado em rios, córregos e mares são uma grande ameaça à saúde pública.
A demanda de consumo de água pelo homem moderno vem aumentando. O uso da água triplicou de 1950 para cá.A população mundial em 1820 era de 1 bilhão de habitantes, 2 bilhões em 1930, 3 bilhões em 1960, 4 bilhões em 1974, 5 bilhões em 1988, 6 bilhões em 2000 e 6,5 bilhões em 2006.
Diante da escassez, há mais riscos de disputas e conflitos entre nações pelo controle das fontes mundiais de água.A poluição ambiental é um dos principais fatores que colaboram com a degradação dos recursos hídricos do país.Os rios são poluídos por agrotóxicos, resíduos industriais, resíduos de lixões e lançamento de esgoto doméstico sem tratamento. Desmatamento das margens dos rios faz com que o solo fique desprotegido e sem árvores, a água das chuvas escoa rapidamente para os rios, causando enchentes e arrastando detritos que podem obstruir o leito dos rios. Favelas e loteamentos clandestinos crescem às margens dos rios e represas, poluindo os reservatórios e ameaçando a saúde de todos.
A irrigação para cultivos agrícolas atualmente responde por mais de dois terços de toda a água retirada de lagos, rios e reservatórios subterrâneos, segundo a FAO-ONU. Ao desperdiçar comida, desperdiça também a água usada para produzi-la. Nas lavouras são utilizados métodos de irrigação pouco eficientes que desperdiçam muita água. Os agrotóxicos utilizados na agricultura são compostos químicos venenosos, cujos resíduos podem provocar várias doenças. Alguns não se degradam cotaminando por muito tempo, a água, o subsolo e o ar.
A pecuária demanda grandes quantidades de água, com a manutenção do rebanho, na fase do abate, no preparo agroindustrial dos cortes e na oferta de produtos derivados, tais como leite e ovos, segundo o CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
A indústria é a segunda maior consumidora da água doce disponível. Além do desperdício e da falta de técnicas modernas de reúso de água, o lançamento de efluentes industriais não tratados nos rios comprometem a vida dos peixes e outras formas de vida. Precificação da água : cobrar pela água em si e não só pela distribuição, como se vinha fazendo, incentiva agricultores e industriais a não desperdiçar.
O alto consumo doméstico de água acaba gerando muito esgoto, que quando não tratado, polue os rios.
O Brasil possui a maior reserva de água doce do mundo e é um grande desperdiçador de água potável. Parte da água tratada que sai das redes distribuidoras não chega ao consumidor final por motivo de vazamento ou redes clandestinas. A água sai através de tubulações e canos mal conservados que se rompem ou é desviada.
Em alguns trechos do Rio São Francisco, a derrubada das matas, que cobriam suas margens e encostas, provocou o assoreamento do leito do rio, que é a formação anormal de bancos de areia, o que prejudica a navegação e o habitat dos peixes. Em outros lugares, a falta de tratamento de esgoto das cidades ribeirinhas provocou a poluição das águas. O Ministério do Meio Ambiente coordena um programa de revitalização da bacia do São Francisco.
Ação GlobalA crise da água e do saneamento é, acima de tudo, uma crise dos pobres. Segundo a ONU, a maioria dos países dispõe de água suficiente para satisfazer as necessidades domésticas, industriais, agrícolas e ambientais. O problema está na gestão.O relatório (RDH, 2006) defende um Plano de Ação Global, liderado pelos países do G8, que concentre os esforços para a mobilização dos recursos e coloque a água e o saneamento no centro da agenda de desenvolvimento. Um ponto crucial para essa ação seria a adoção da água como um direito humano básico. Os governos deveriam ter como objetivo mínimo um gasto de 1% do PIB para água e saneamento. Os países desenvolvidos precisam elevar sua contribuição para solucionar esta crise emergencial. Água limpa e saneamento estão entre os mais eficientes remédios preventivos para reduzir a mortalidade infantil.
Você sabia ?Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água.As algas produzem a maior parte do oxigênio da Terra.O corpo humano possui na sua composição 3/4 de água.O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água.Na água originaram os primeiros organismos vivos que surgiram na Terra, há mais de 3 bilhões de anos.São exemplos de doenças de veiculação hídrica : febre, disenteria, cólera, hepatite, poliomelite, malária, dengue, etc.
O gotejamento de uma torneira desperdiça de 46 litros por dia. Isto é, 1.380 litros por mês. Um filete de 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. E um filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício.Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d'água.A água é um recurso vital. Todos podem colaborar fazendo a sua parte : agricultores, poder público, empresas, instituições e a sociedade.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Toyota desenvolve carro a hidrogênio com autonomia de 830 km


em: 11/06/2008
A Toyota, tradicional empresa do setor automotivo, anunciou na semana passada que desenvolveu um novo veículo híbrido com células a combustível com autonomia superior às expectativas e com economia de combustível bem maior que a versão anterior. O veículo, chamado de Toyota FCHV-Adv, recebeu certificação do Ministério de Infra-Estrutura e Transportes do Japão. Em comparação com a versão anterior, que tinha uma autonomia de 350 km, a eficiência no uso do combustível aumentou em 25% devido à vários avanços. LEIA MAIS.
FONTE: PORTAL H2

Merdedes-Benz confirma venda de carros a hidrogênio a partir de 2010




Notícias:em: 30/06/2008
A Mercedez-Benz confirmou que começará a produção em série dos seus veículos a hidrogênio e que utilizam a plataforma do Classe-B, a partir de 2010. Com a iniciativa da Honda de produzir em série o FCX Clarity a partir de julho de 2008, bem como a General Motors, o público estava esperando por um anúncio da empresa alemã, uma das pioneiras no uso de células a combustível para aplicação automotiva, desde 1994. A Mercedez-Benz também afirmou que está trabalhando em um novo design das células a combustível e dos veículos da Classe C e E para que as células possam ser integradas. Estas duas classes de veículos não têm o espaço disponível encontrado nos veículos Classe A e B. Um novo desenho deverá ser feito.


FONTE: PORTAL H2

Cigarro=Poluição


Poluição do cigarro:

A fumaça de cigarros produz dez vezes mais partículas de poluição do que o escapamento dos modelos novos - e ambientalmente mais corretos - de motor a diesel, afirmam cientistas da Itália e da França."As pessoas não têm uma idéia do nível de poluição produzido pelo fumo dentro de casa", disse o italiano Giovanni Invernizzi, da Unidade de Controle do Tabaco do Instituto Nacional do Câncer em Milão. Partículas microscópicas resultantes de combustão são recobertas por moléculas que podem causar câncer. Outros produtos químicos presentes nessas partículas podem levar ao desenvolvimento de bronquite e doenças cardíacas.Essas partículas são de tamanhos variados (de 0,1 a 10 milésimos de milímetro), mas todas elas vão parar nos pulmões depois de inaladas. As menores podem entrar na corrente sangüínea."Partículas menores que 0,1 micrômetro (milésimo de milímetro) podem chegar ao cérebro e a outros órgãos, causando infarto e derrames", diz Invernizzi.

Fumaça nas montanhas:

Os pesquisadores mediram a quantidade de partículas emitidas durante uma hora por três cigarros dentro de um quarto, e a compararam com o número de partículas emitidas no mesmo intervalo e no mesmo ambiente por um veículo equipado com um motor a diesel moderno.O estudo foi feito nas montanhas da Itália, na cidade de Chiavenna, onde há pouca contaminação por poluentes.Os cigarros emitiram partículas em concentrações até dez vezes maiores que o motor. O nível total de particulados foi de 88 microgramas por metro cúbico para o carro e 830 microgramas por metro cúbico para os cigarros.Os pesquisadores também compararam o tamanho das partículas. Descobriram que os cigarros produziram 15 vezes mais partículas grandes que o carro.Os autores do estudo, publicado no periódico médico "Tobacco Control", se disseram surpresos com o resultado. Invernizzi avisa que quartos com janelas fechadas são um problema. "A gente deve ser cuidadoso com o fumo passivo, porque as partículas podem ficar [suspensas] no quarto por muito tempo" diz o italiano.Não há ainda estudos com motores a diesel mais antigos - como os que movimentam vários caminhões e ônibus no Brasil - dizem os autores. Mas eles dizem que esses motores geralmente produzem cem vezes mais partículas que os modelos novos, ganhando, portanto, dos cigarros.No entanto, os novos motores estão cada vez mais em uso, devido ao endurecimento de normas ambientais, especialmente na Europa. De acordo com os pesquisadores, isso fará com que os cigarros se tornem uma fonte mais significativa de poluição.Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), que mede a poluição na região metropolitana de São Paulo, a média diária de material particulado jogado no ar por veículos é de 150 microgramas por metro cúbico --menos da metade do índice obtido na experiência realizada em Chiavenna.O pneumologista Chin An Lin, pesquisador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Escola de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), lembra que, na cidade, costuma-se observar uma equivalência de 70% no índice de poluição atmosférica em ambientes externos e internos. Dentro de uma típica casa paulistana, há cerca de 105 microgramas por metro cúbico --para a Cetesb, valor inserido na faixa "regular" de qualidade do ar.Segundo Lin, estudos anteriores mostram que os poluentes inspirados ao ar livre nas metrópoles correspondem a fumar dois ou três cigarros por dia. "Ao colocar um fumante passivo dentro de uma sala, ele vai respirar ainda mais material particulado", diz. "É risco em cima de risco."Mesmo que o estudo provoque uma reação crítica de grupos antitabagistas, dificilmente os fabricantes conseguiriam reduzir a geração de material particulado, produzido pela queima do papel e dos compostos. "Não é como o filtro, colocado para "segurar" as outras substâncias como a nicotina", afirma o pesquisador. "Todo o material conhecido pela indústria que pudesse substituir o usado hoje vai ser queimado e, por conseqüência, vai produzir material particulado."Basta saber se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que examina a composição do cigarro no Brasil, exigirá padrões máximos de material particulado como já pede de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono.


fonte: Portal da Saúde Pública do Pará - portal.sespa.pa.gov.br

Fumar faz mal ao meio ambiente


• Fumar é prejudicial ao Meio Ambiente:

Fonte: ambientebrasil - 06/06/07

Geralmente quando fala-se de fumo e meio ambiente lembramos da fumaça liberada pelo cigarro, quando consumido e o mal que provoca na saúde, seja do fumante, seja de quem está por perto. Também lembramos das queimadas provocadas por pontas de cigarro acesas jogadas na beira de estradas. Muitas áreas de preservação já queimaram em nosso país, em incêndios iniciados por uma ponta de cigarro jogada na vegetação seca – dados indicam que 25% das queimadas em nosso país iniciam devido a pontas de cigarro lançadas inadvertidamente na vegetação seca. Fala-se, ainda, que o filtro do cigarro demora cinco anos para se decompor. Se pensarmos nas milhões de “chepas” lançadas ao meio ambiente diariamente teremos no que pensar. Vale lembrar das chepas jogadas em nossas praias, lagos e rios, o seu efeito visual e o impacto, já comprovado na vida aquática. O ato de fumar gera lixo! No entanto, falta-nos uma radiografia mais profunda do problema: Segundo dados da Associação de Fumicultores do Brasil/AFUBRA, em 2006 a área plantada com o fumo na Região Sul do Brasil foi de 417 mil hectares ou 4,17 bilhões de metros quadrados. Geralmente cultivado por pequenos produtores, a produção anual de fumo supera 750 mil toneladas, o que movimenta nossa economia e gera recursos financeiros para o pequeno produtor rural. Sua industrialização gera empregos e os impostos incidentes sobre o cigarro engordam o caixa do Governo. Este quadro por si só leva-nos a considerar que a produção de tabaco é sinônimo de desenvolvimento e renda para o conjunto da sociedade. Infelizmente por trás de tudo isso há um quadro muito perverso. Se, num exercício contábil, descontássemos do dinheiro gerado com todo o ciclo produtivo do tabaco todas as despesas com tratamentos diversos tipos de câncer, enfisema pulmonar, problemas cardíacos, etc. , os dias de ausência ao trabalho, a redução da capacidade produtiva desses doentes e as aposentadorias precoces, chegaríamos a um saldo negativo para o Governo e toda a sociedade. Estudos indicam ainda que o tabagismo é responsável pelo envelhecimento precoce das nossas células. No Brasil estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo e que mais de 35% das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são decorrentes de doenças provocadas pelo cigarro. Nosso país gasta 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com os males das substâncias psicoativas. Ou seja, cerca de R$ 50 bilhões são queimados por ano, mais do que o dobro do orçamento anual do País com saúde pública estimado em R$ 22 bilhões. Cerca de 70% do valor gasto é com problemas relacionados ao uso do cigarro e do álcool. Nos Estados Unidos os gastos da saúde relacionados ao fumo são estimados em US$ 89 bilhões por ano. Para a secagem do fumo, após sua colheita, é necessário a permanência do mesmo em estruturas de secagem, ou estufas, alimentadas com lenha. No caso específico do Brasil, o tabaco curado em estufa é o mais cultivado no país, respondendo por cerca de 70% da produção total. Segundo dados das empresas fumageiras, são consumidos 31,6 metros cúbicos de lenha para a secagem de um hectare de fumo e existem 120 mil fornos para cura do tabaco em nosso país. Se multiplicarmos o consumo de cada estufa pela área plantada no sul do Brasil veremos que são consumidos anualmente 13,2 milhões de metros cúbicos de lenha. Estima-se que 50% dos produtores são auto-suficientes na produção de lenha através do plantio principalmente de eucaliptos. A outra metade, no entanto, utiliza a mata nativa como sua principal fonte de lenha. Isto significa milhares de hectares de floresta nativa derrubada para a secagem do fumo anualmente. Cabe lembrar que praticamente 100% dos produtores de fumo situam-se na região de domínio da Mata Atlântica, e que os remanescentes dessa formação florestal somam menos de 7% de sua área original: o ato de fumar contribui para a redução da cobertura florestal nativa. A redução da área coberta com florestas naturais resulta, ao longo do tempo, em perda da biodiversidade pela extinção de espécies vegetais e animais. Assim sendo, o fumo contribui para a extinção de diversos seres vivos. É bom lembrar que muitos medicamentos são oriundos de animais e plantas das florestas. O primeiro antibiótico, a penicilina, vem de um fungo que cresce sobre troncos mortos (hoje é sintetizada), o medicamento para combater a lepra foi descoberto a partir de estudos com o tatu; do marimbondo extrai-se medicamento para tratar doenças cardíacas e da cascavel a cola cirúrgica. sem falar das inúmeras plantas nativas que tem propriedades medicinais (guaco, espinheira-santa, pfaffia, etc).A queima da madeira para a secagem do fumo produz fumaça que é rica em CO2 (gás carbônico). Por sua capacidade de reter a radiação infravermelha (radiação do calor) o CO2 tem sido apontado como o principal responsável pelo aquecimento do planeta. Na produção do tabaco são utilizados fertilizantes nitrogenados que acabam liberando para a atmosfera o óxido nitroso (N2O), um gás que é 310 vezes mais potente que o CO2 para reter o calor. Anualmente são produzidos milhões de toneladas de CO2 com a queima de árvores para a secagem do fumo e com o ato de fumar, além de centenas de toneladas de óxido nitroso pela adubação das lavouras de tabaco. Fumar auxilia no aumento do aquecimento global. O aquecimento do planeta acarretará sérias mudanças ambientais com enormes prejuízos para a humanidade, como a possibilidade de aumento no nível do mar, de furacões e a ocorrência de enchentes e secas ainda mais intensas.Para a produção do fumo são utilizados uma grande quantidade de agrotóxicos: inseticidas, herbicidas, fungicidas, antibrotantes. Muitos produtores acabam seriamente intoxicados com esses venenos . Há dados demostrando que o aumento no número de suicídios no campo se devem à depressão gerada por intoxicações crônicas por agrotóxicos. Coincidentemente, muitos dos suicidas trabalham na lavoura do fumo . Diversos dados de pesquisa consideram que entre 5% e 20% do agrotóxico aplicado na agricultura acaba chegando aos rios. Milhares de quilos de agrotóxicos serão aplicados nos mais de 400 mil hectares que serão cultivados com fumo em 2007. Pelo menos cinco por cento chegará até os rios onde nos abastecemos de água para beber. O ato de fumar polui nossos rios.Para a produção de mudas de fumo é necessário a esterilização do solo com um gás chamado brometo de metila. Após a aplicação uma significativa quantidade de gás persiste e é disperso na atmosfera onde sobe lentamente até atingir a camada de ozônio. Segundo dados da EMBRAPA Meio Ambiente , cada átomo de brometo de metila que alcança a estratosfera destrói 60 vezes mais ozônio do que os átomos de cloro dos CFCs (clorofluorcarbonos). O Ministério da Agricultura estabeleceu o prazo de 31 de dezembro de 2006 para eliminação do uso do Brometo de Metila na produção de mudas, mas sabe-se que os produtores ainda vão utilizar, e em larga escala, o produto em 2007. Fumar destrói a camada de ozônio. A redução da camada de ozônio produz danos gravíssimos para o homem e a natureza como câncer de pele, cegueira, redução da capacidade produtiva das plantas e extinção de espécies.(1) Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina, Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento onde exerce a função de Coordenador da Comissão da Produção Orgânica em Santa Catarina;(2) Engenheiro Agrônomo, Mestre em Comunicação e Desenvolvimento Rural, pela Universidade de Madison, Wisconsin-E.U.A. e Coordenador do Projeto Agroecologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - EPAGRI;(3) Mestre em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Estudos Sociais, Haia-Holanda e Economista do Centro de Sócio-Economia e Planejamento Agrícola da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - EPAGRI.

Pontas de cigarro viram papél


Chega de jogar pontas de cigarro fora. Os restos podem ser usados na fabricação de papel. A descoberta foi feita pelo aluno do 5º semestre do curso de Biologia da Universidade de Brasília (UnB) Marco Antônio Barbosa Duarte. Ele desenvolveu um projeto de pesquisa para a utilização das pontas de cigarro na produção de papel artesanal. A idéia fez sucesso e vai ser apresentada no Congresso de Celulose e Papel, em outubro, em São Paulo. Marco Antônio precisava elaborar um projeto final para a disciplina Materiais em Artes ministrada pela professora Thérèse Hofmann, e viu nas pontas de cigarro encontradas nas lixeiras e nas calças do campus universitário uma saída para sua pesquisa. - Ele trouxe um saco com pontas de cigarros e me perguntou se era possível transformar aquilo em papel - conta ela. Não demorou muito para Marco Antônio descobrir a receita do novo papel. As pontas de cigarro são cozidas com soda cáustica e depois clareadas com água sanitária ou água oxigenada. A massa passa, então, por uma máquina para um processo de refinamento e logo após é colocada em telas e prensada para a confecção do papel. A espessura da folha depende do tempo de cozimento das pontas de cigarro. Atualmente Marco Antônio pesquisa o tempo de cozimento ideal das pontas de cigarra e a finalidade de cada gramatura do papel. - O papel serve para tudo. Pode ser usado para escrita, impressão e na fabricação de caixas de papelão - explica Marco Antônio. O papel pode ser usado, diz Marco Antônio, até para fins sanitários. Mas ele acredita que essa não é a utilização ideal porque precisaria haver um controle muito grande das impurezas na confecção. Ele prefere apostar no uso do produto para escrita, impressão e outros fins. Fonte: Jornal do Brasil